Na cama me deito
Debaixo de uns lençóis
Pesadamente leves
Com o coração
Levemente pesado
Sinto um desespero
Muito apertado
De que algo está errado
A quem será contado?
Pergunto eu.
Eu debaixo dos lençóis
Acabados de mudar
Estão-me quase a sufocar
Esse "quem" nunca me contará
Só me levará
Para as trevas
Onde as eras
São rasteiras
E os sonhos não quebram fronteiras
Tudo corre mal
Ou simplesmente não corre
Mas quem sou eu
Para brincar com a minha própria
Morte.